Da Assessoria – O Presidente do Conselho Municipal de Saúde de União da Vitória, Valdomiro Raizen, utilizou a Tribuna da Câmara de Vereadores na reunião ordinária de segunda-feira, 04, para falar sobre o não comparecimento da população nas consultas agendadas e o prejuízo que acarreta para os cofres públicos municipais. Segundo Raizen, o prejuízo anual para os cofres da prefeitura de União da Vitória ultrapassa R$ 31 mil em consultas e exames laboratoriais. Os dados estão nos relatórios do Consórcio Intermunicipal Vale do Iguaçu (Cisvali).
Só no primeiro trimestre de 2015, foram 173 ausências, com prejuízo de R$ 5.400,18. De acordo com o presidente do Conselho, em inúmeros casos, por solicitação médica, os pacientes realizam exames laboratoriais, mas não retornam para retirarem os resultados e dar continuidade ao tratamento. Dessa forma, prejudicam a si mesmos e aos demais usuários que poderiam estar fazendo a fila andar. De 23 de fevereiro a 20 de março, outros 53 munícipes que marcaram consultas com especialistas não apareceram. As especialidades que mais foram “abandonadas” pelos pacientes foram oftalmologia, ortopedia e dermatologia.
Fechando o primeiro trimestre, de 23 de março a 20 de abril, foram 64 faltosos. Impressionantes 11 consultas de ginecologista foram abandonadas, apesar de a prefeitura ter pago por elas pelo sistema de cotas. Para entender a dimensão do problema foi preciso o relatório de 2014. No ano passado foram desperdiçados R$ 35.517,00 dos cofres da prefeitura dentro do consórcio Cisvali. Simplesmente 1.115 pacientes não apareceram buscar exames ou para as consultas com os especialistas.
Só em União da Vitória mais de 2 mil pessoas estão na fila de agendamento atualmente. Nas cinco primeiras posições em 2014 estão 265 pacientes que não foram ao oftalmologista, 121 pessoas que deixaram de ir em um dos ortopedistas (mais 77 em outro especialista), 64 “esqueceram” de ir no endocrinologista, 64 no pneumologista e outras 60 que não compareceram no consultório do especialista gastroenterologista e hepatite. Os vereadores fizeram perguntas e prometem colaborar com leis para evitar o desperdício de dinheiro público.