Você lembra o nome do seu primeiro professor? Provavelmente, nem foi preciso muito esforço, certo? O nome de quem alfabetizou, ou de quem cuidou ainda nas salas de educação infantil, vem à memória naturalmente. E é justamente por esse impacto na vida da maioria das pessoas, que a Câmara não poderia deixar o Dia do Professor, celebrado neste dia 15 de outubro, passar em branco. Era preciso escrever uma história nessa data.
Foi uma sessão especial, com destaque à homenagem aos professores. O gesto é realizado já há bastante tempo pelo Legislativo e na noite de segunda-feira, 14, véspera do Dia do Professor, novamente foi realizado.
No plenário, além da comunidade que prestigia com freqüência as sessões, estiveram presentes também amigos e familiares dos professores, Pedro Lumikoski e Terezinha Kosteski, profissionais homenageados pelos parlamentares. Ele, por estar há mais tempo no quadro do Magistério municipal; ela, por ser a mais nova integrante.
“Mais um ano de homenagens. É algo já tradicional da Câmara, prestar essa homenagem. Uma singela homenagem, mas muito merecido pelo trabalho realizado. O professor é quem nos ensina, que nos dá o primeiro caminho. O professor contribui com a formação de cada um. Os professores todos, de União da Vitória, de Porto União e da região, da rede municipal, estadual e do ensino de superior, estão todos de parabéns”, disse em entrevista à TV Câmara, o presidente da Casa, Ricardo Sass.
Nos discursos de cada professor, sobrou emoção. Ambos usaram a palavra gratidão para descrever a noite especial. E ambos defenderam o papel do professor na vida de cada pessoa. Para a TV Câmara, o professor Pedro, que acumula 29 anos e seis meses na carreira, alcançar todo esse tempo só foi possível pelo apoio, da família e dos colegas.
“Tudo isso só fez somar. Só agradeço a Deus e que dentro de mais alguns anos, possamos encerrar a missão de maneira gratificante”, disse.
Sob sua batuta está a charmosa escola Vicente Codagnone, no bairro Bela Vista e também o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei), Ilta Lúcia Rodrigues. O professor, natural de Porto União, começou por acaso na carreira. “Fui seminarista em Mallet, fiquei sete anos. Nessa época tinha o magistério de tarde e eu fiz. Era a única opção. Passou isso, sai do seminário, voltei para a cidade. Passei em concurso em 1990 e escolhi essa escola. E hoje, já são 29 anos e meio”.
Aos 32 anos, a mãe de gêmeos, Terezinha Kosteski Marques, decidiu ver as crianças ficaram um pouco maiores para assumir a sala de aula. Cuidou deles e da casa para, finalmente em setembro de 2019, se integrar às equipes das escolas Miguelina Treuka e Melvin Jones. Natural de União da Vitória, a professora – a mais jovem na profissão no município – mora no interior, em Rio Vermelho. Na carreira, está há pouco mais de um mês.
“O sentimento é de alegria, de comemoração, de agradecimento. Agora, é essa coisa gostosa, do agora vai, caminhar para frente. Ser professora é ser aquela pessoa que contribui, que luta para que a sociedade evolua. Isso é recompensador”, disse.
Os professores receberam placas, flores, ouviram o pronunciamento de elogios feitos pelos vereadores e ao final da sessão, foram aplaudidos por todo o plenário que em pé, compactuou com a noite especial assinada pelo Legislativo.
Em pauta
Antes das homenagens, a sessão teve mais uma pauta importante. Entre as discussões destaque para o Requerimento assinado pelos vereadores, Almires Bughay e Joarez Leandro de Oliveira. Os parlamentares pedem a realização de um “estudo técnico especializado” para o entendimento mais claro do processo de tratamento de esgoto que acontece na estação da Sanepar no bairro São Bernardo. “Há tempos esta questão vem se prolongando. No entanto, até o presente momento, não houve elucidação”, diz parte da justificativa. Os parlamentares cobram uma solução para o cheiro que a estação emana. “Se aos que esporadicamente passam pelo local ele é incomodo, aos moradores próximos é um martírio diário”, continua a redação.
O presidente, Ricardo Sass preparou a Indicação 72, de 2019, onde pede para que a prefeitura, especialmente através da Secretaria de Trânsito, promova campanhas de conscientização em relação aos ciclistas que circulam nos passeios exclusivos aos pedestres. “Temos relatos, depoimentos de pessoas que sofreram acidentes, especialmente as de mais idade, que está caminhando ali no centro, que se distraem de alguma maneira e que não é obrigação delas cobrar. É o ciclista que não pode estar ali. No passeio, o ciclista precisa descer da bicicleta”, defendeu.
O professor e vereador Jair Brugnago, que na sessão foi lembrado no cerimonial de homenagem aos colegas professores, endossa a lista das indicações. É dele o pedido para que a prefeitura instale luminárias no cruzamento da avenida Paula Freitas, com a Abilon de Souza Naves, na altura da rua Antonio Gomes, em São Cristóvão. “Devido à construção da ponte José Richa, o trânsito foi alterado e muitas pessoas começaram a utilizar desse cruzamento que não está adequadamente iluminado”, diz a Justificativa da proposição.
Affonso Bona
Foi aprovado por todos os vereadores, o projeto que “batiza” a rua Projeta numero 187, no bairro Ouro Verde, como Affonso Bona. Trata-se de uma homenagem a um dos primeiros industriais da cidade.
Bona nasceu em julho de 1924, na colônia Paço do Iguaçu. É filho de Vitório Bona e Angela Bocalon Bona; foi casado com a professora Maria de Lourdes Shiel Bom e pai de seis filhos, Vera Cristina, José Nelson, Luiz Cláudio, Vitor Angelo, Ana Rita e Vivian Beatriz. Fez parte da diretoria e comissões permanentes da Catedral de União da Vitória; formado em contabilidade; trabalhou no antigo moinho Tupy. Affonso Bona faleceu em 11 de maio de 2001.
Fotos: CMUVA