A primeira sessão de novembro no Legislativo de União da Vitória acolheu novamente a comunidade no plenário. Nesta segunda, 4, além de uma pauta um pouco mais enxuta, os vereadores ouviram e se manifestaram a partir do que disse na Tribuna o representantes dos trabalhadores dos Correios, Alexsander Soares Menezes. Em pauta, a eventual privatização dos Correios, empresa incluída recentemente no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Governo Federal, e que deu mais uma passo no sentido de desestatizar a companhia. A empresa apresentou resultados negativos em um passado recente, voltou a recuperar o fôlego em 2017 e, desde então, vem apresentando dados positivos. Os Correios contam hoje com cerca de cem mil funcionários.
“No meu entender, é uma política equivocada do Governo. Não somos contra a iniciativa privada, porem, a atividades dos Correios é complexa e sim, temos competitividade. Concorremos com desde o motoboy até o FedEx. Mas somos parceiros da iniciativa privada, porque onde ela não alcança, nós alcançamos”, disse o diretor. Questionado sobre a distribuição de correspondências em alguns bairros de União, Menezes justificou dizendo que os Correios estão em processo de enxugamento, justamente para se tornar atraente para a iniciativa privada. “Nos últimos anos perdemos 17% do nosso efetivo e as cidades vem sendo prejudicadas porque não conseguimos suprir a demanda”.
O assunto foi comentado pelo presidente da Câmara, Ricardo Sass, que destacou novamente o tema em entrevista à TV Câmara.
“Foi uma colocação apartidária, independente e o que se espera é que o Governo olhe com atenção para essa questão da privatização. Na Itália, por exemplo, há criticas em relação à prestação do serviço postal que é privatizada. A privatização visa lucro e aqui no Brasil, quem comprar o Correio vai atender aos pequenos municípios como os grandes centros? Essa é a preocupação, que caso isso ocorra, que o serviço não seja prejudicado e que os funcionários sejam olhados. Temos ai grandes prédios, que penso que poderiam ser vendidos ou serem concedidos. Não precisamos disso hoje, até pelo volume das correspondências”
Na pauta
Entrou no expediente e será discutido nas próximas sessões, o projeto de Lei Ordinária 28/2019, de autoria do vereador, Diego dos Santos e que cria “o Programa Municipal de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”. O tema vem sendo debatido também na Prefeitura. Em reunião no dia 1º, a equipe da Secretaria da Saúde se mostrou disposta a aperfeiçoar uma “rede de atendimento e suporte às crianças autista”.
Foram votados também na reunião, os pareceres das comissões referente aos projetos que tratam da desapropriação amigável de alguns imóveis (endereços que ficam em áreas de risco da cidade), bem como a concessão do direito das áreas públicas do aeroporto José Cleto (trata-se de uma organização do uso dos hangares no espaço).
Foi aprovado ainda, o envio de um Requerimento, o de número 44/2019, à Prefeitura. O documento é de autoria do vereador, Emerson de Souza. O texto prevê a criação de um fundo municipal “com o intuito de conceder desconto no IPTU às empresas que apoiarem projetos esportivos”. Como Justificativa, e também defendendo a proposta na Palavra Livre, o parlamentar destacou que “haja visto o impacto social que o esporte causa na vida das pessoas, já que, muitas são as que conseguem uma perspectiva melhor a partir do esporte e não apenas para si, mas para todos os que os cercam”. O documento foi aprovado pelos parlamentares e será enviado à Prefeitura.
Fotos: Assessoria CMUVA